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CALENDÁRIO HEL SEASON 2024 ♡


oii amigs, fizemos esse calendário HEL para nos localizar de forma prática e bonita durante o ano, e agora ele está disponível para você baixar e usar como quiser.


Cada mês possui um mood diferente representando as fases do ano de 2024, esperamos que goste e compartilhe sua forma HEL de usar seu calendário! <3


Para baixar, é só clicar no arquivo abaixo em formato PDF, o calendário está em tamanho A4 e você consegue imprimir em qualquer impressora doméstica, mas é possível imprimir em tamanhos maiores como A3!


clique aqui para baixar seu calendário:



CALENDÁRIO HEL SEASON 2024 no nosso ateliê ao lado da miffy ⋆˚ʚɞ


<3



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Atualizado: 15 de ago. de 2021


Tivemos a honra de trazer o Artista Visual Gustavo Magalhães (@Inazukaa) - o mais brabo de todos - para falar um pouquinho sobre seu processo na pintura, sua relação com o espaço de criação e também como é ser um Artista Independente em Curitiba.




Lembro de ter tido o primeiro contato com as pinturas do Gustavo pelo instagram (@inakuzaa) através do meu namorado e mano foi foda, tinha que vê. Sabia que havia encontrado alguém grande. E ter a oportunidade de conversar e divulgar o trampo dele é de verdade uma honra. Então segue a ideia:


Um ateliê não é apenas um lugar físico onde as obras nascem. O Artista francês Daniel Buren diz, que o lugar de criação é um espaço de refúgio, descobertas, transformações e desdobramentos. Lugar de reflexão, movimentação ou onde as coisas realmente acontecem. E para entender mais sobre esse lugar/nãolugar de criação convidamos o Inakuzaa para explicar da onde vem isso:




Para mim, a criação é um ato doloroso, por isso quero saber qual a parte mais difícil dentro do seu processo criativo?


A primeira pincelada é sempre difícil. Acho que existe uma responsabilidade muito grande em cada pincelada feita, mas o começo da pintura é sempre um mistério. São essas escolhas iniciais que vão fundamentar o resto do trabalho, e é engraçado que mesmo pintando há oito anos, sempre no meio das pinturas tem um momento em que eu sinto que não faço ideia do que tá acontecendo e como resolver a pintura, mas no final sempre dá certo. Talvez descobrir como solucionar a pintura seja a parte mais interessante, e mesmo que às vezes seja desesperador, é o que mantém a coisa respirando. A pior parte, com certeza eh limpar os pincéis e a bagunça que fica depois.


Sobre limpar a bagunça, o espaço de criação pode ser tanto um lugar objetivo quanto subjetivo. Qual a sua relação com esse espaço?


É engraçado. Sei lá, é normal, acho. Eu sempre pintei no meu quarto, em todas as casas que morei, então tem uma coisa íntima em pintar. Mas nem tudo são flores né, então tem umas coisas chatas tipo meu teclado e meu computador sujos de tinta, o cheiro de química, etc. Mas é bom. Acho que pintar no lugar em que eu vivo me deixa mais confortável e no controle das coisas, sabe? Eu gosto da pintura ser essa coisa rotineira, cotidiana...que é parte da minha vida mesmo.


Dentro da sua rotina, quais elementos você considera essenciais dentro do seu processo criativo?


Música é uma coisa impossível de separar do meu trabalho. Na verdade é impossível separar da minha vida, tô ouvindo música o tempo inteiro e tudo que faço de alguma forma está ligado a isso... É algo que me conecta diretamente com meu pai, outro apaixonado por música, que de forma indireta me instigou a pesquisar e consumir arte como um todo, então acho que tenha essa ligação. Meu trabalho é pautado na apropriação de imagens, então a existência de boas fotos é indispensável. A gente vive agora um momento em que a imagem ta em todo lugar o tempo todo, quase que banalizada né. Então fazer uma curadoria nessa galeria infindável é algo que prezo muito. Mas acho que tem algo sobre deixar a imagem te encontrar também...não ficar caçando muito e deixar que ela me atravesse e bum! tenho que pintar isso!

Tempo é uma coisa muito importante pra minha pintura também. Eu sou meio ansioso com a minha produção, então gosto de resolver a pintura de forma rápida, quase que abrupta, como se eu conseguisse resolver ela inteira em poucos movimentos. pra isso eu preciso de um certo tempo pra pensar a pintura e conseguir resolver ela de uma só vez. são raras as pinturas em que demorei mais de uma sessão. Acho que último e mais importante seria, ser o indivíduo que eu sou e estar inserido no espaço que estou...porque meu trabalho só tem corpo a partir desta perspectiva, e eu sempre tento estar muito consciente destas coisas que fazem eu ser quem eu sou e de fazer com que isso se reflita em minha pintura.



Aqui na HEL eu curto escutar SADE enquanto eu costuro. Sobre músicas e artistas, o que você gosta de ouvir para curtir um flow criativo? Indique duas: hahahahaha


Duas é sacanagem… eu gosto muito de música com energia, seja lá o que isso signifique. Ultimamente tenho acompanhado muito a cena de Grime e Drill nacional, artistas como Meio Feel, DESTRAVALT, ANTCONSTANTINO, Big Bllakk, N.I.N.A, Kyan, DIMSAN, SD9, Fleezus, AKA AFK..por aí vai. Sou fascinado pela cena de rap experimental gringa tb...MIKE, JPGEMAFIA, Death Grips, Earl Sweatshirt, Slauson Malone, MF DOOM, MILO, Injury Reserve, clipping.,

Não dá pra não falar do FEBEM também, um dos meus liricistas preferido atualmente…Tenho ouvindo bastante o novo do Vince Staples também e a discografia da noname.

Pra pintar recomendo também: SWANS, BADBADNOTGOOD, toe, Mouse on the Keys, Flying Lotus e Dean Blunt.


E quais são seus principais temas de interesse para a criação?


Basicamente toda minha produção é voltada para reflexões a respeito da violência. Eu gosto de pensar a pintura como uma ferramenta de pesquisa, e a partir dela eu busco compreender de alguma forma estes fenômenos como racismo, colonialismo etc. Não como uma forma crítica de denunciar a violência, mas, de fato, entender a violência, inclusive de utilizá la como uma ferramenta de resistência.

Então, de alguma forma, o pano de fundo do meu trabalho é este, até quando pinto algo supostamente mais leve, que não está ligado diretamente a estas temáticas, o próprio ato de pintar, sendo um jovem racializado, pode ser entendido como um gesto violento dentro de uma normalidade colonial.


Como você disse, vivemos em um tempo efêmero e saturado de imagens. De que modo você seleciona suas referências?


Essa é difícil. Às vezes a composição, as cores, a possibilidade de gerar outros sentidos e diálogos pra imagem...mas sempre algo inexplicável, indizível. É uma pulsão tipo “tenho que pintar isso, resolver isso de forma pictórica”. Apesar de’u me apropriar das imagens, eu não as procuro, mas as coleto. Elas se apresentam pra mim e acontece esse momento em que me atravessa a vontade de transformar aquilo numa pintura. e eu vou colecionando elas por todo canto, instagram, pinterest, um frame de um filme, clipe ou vídeo do youtube, é algo muito orgânico.


Apesar de’u me apropriar das imagens, eu não as procuro, mas as coleto.

Quando que o Inakuzaa saiu de dentro de você e passou a se manifestar como artista?


Na verdade “inakuzaa” não corresponde a minha produção artística, é só a @ do meu instagram. Eu utilizo o nome em meus projetos musicais mas é outra coisa. Meu trabalho em pintura eu sempre assinei como Gustavo Magalhães, não vejo muito sentido em separar minha obra de mim. Comecei a me interessar pelas artes visuais a uns oito anos atrás, quando tive contato com a cena de quadrinhos independente aqui do Brasil. Apesar disso, meu interesse nunca foi de fato na produção de quadrinhos, mas sim nas linguagens do desenho e na pintura. Desde então, produzo quase que diariamente.


Aaaa entendi! Eu sempre achei esse seu @ muito foda, da onde surgiu esse nome ''inakuzaa''?


hahahah brigado! po, é uma história bem boba na verdade. Durante meu ensino fundamental o pessoal jogava um RPG de browser bem tosco...e quando eu fui fazer minha conta eu não queria usar um nome genérico igual dos meus colegas, queria achar algo interessante pro meu personagem. então “inakuzaa” simplesmente surgiu, não sei explicar.


Como é ser um Artista Independente aqui em Curitiba?


Difícil essa pergunta. Ser artista independente é uma merda e uma delícia em qualquer lugar acho. Curitiba tem uma branquitude insuportável e isso deixa a coisa mais difícil às vezes, sinto que as pessoas ainda acham que aqui é uma colônia. O circuito de arte contemporânea na cidade é meio limitado também, o MON (que é um museu super inacessível) monopoliza a coisa e agora com o MAC lá dentro então….menos um espaço. Acho que a pintura figurativa também não é muito bem aceita aqui, nem nas galerias. Em compensação, a gente tem o CUBIC (Circuito Universitário da Internacional Bienal de Curitiba) que é bem massa e ajuda muito os artistas jovens. Com a pandemia agora é tudo mais difícil né..mas lembro de ter várias feiras de impressos e coisas do tipo assim por aqui...tem a bienal de quadrinhos também...que são lugares mais acessíveis e populares, que eu acho muito foda. Mas a gente tem a internet também que deixa tudo mais simples e legal né, dá pra atingir outros lugares e fazer uns trem diferentes e interessantes.


''Ser artista independente é uma merda e uma delícia em qualquer lugar acho. Curitiba tem uma branquitude insuportável e isso deixa a coisa mais difícil às vezes, sinto que as pessoas ainda acham que aqui é uma colônia.''



E para encerrar, quero saber mais sobre seus projetos artísticos e musicais que comentou. E se puder comentar sobre a Gema (@gemagemagemagema)...

Meu projeto musical é um simples hobbie...não levo muito a sério. eu acho muito divertido produzir, recortar sample, programar bateria essas coisas. Acaba sendo algo bem leve pra mim, o que é bom, despretensioso. Além dos Eps e instrumentais soltos que eu lanço, já produzi algumas coisas junto com o o homem que tinha uma sacola plastica no lugar da cabeça, (@_______ica) que tem um trampo experimental bem massa. No momento eu to meio parado com esse projeto, mas logo menos volto a ter tempo e penso numas coisas.


Então! A gema (@gemagemagemagema) é uma espécie de galeria focada no incentivo e divulgação de jovens artistas que ainda não adentraram o mercado de arte. A plataforma visa facilitar e horizontalizar os diversos agentes do mercado, como colecionadores, curadores, etc.. fazendo com que sejam mais abrangentes e democráticas estas relações. A gema é encabeçada pela Eduarda Freire (@finalmente.eduarda.freire) e Clara Medeiros (@claramgj_), e eu fui um dos artistas escolhidos pra compor o corpo de artistas da plataforma!

O projeto ta bem jovem ainda mas ja repleto de artista foda e tem tudo pra ser gigante. muita coisa ainda vem pela frente.


Queria agradecer o espaço e as perguntas, é muito gostoso poder falar sobre pintura e sobre meu trabalho poético.




 









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